Veterinárias criam rede de apoio para bichos de estimação no fim da vida

Há quatro anos, as veterinárias americanas Mary Gardner e Dani McVety criaram uma rede nacional de veterinários especializados em prover cuidados paliativos para animais de estimação no fim da vida.

Os profissionais não apenas cuidam da nutrição, medicação e conforto dos bichos nesse período, mas também dão suporte psicológico às famílias em luto e as preparam para a dor da perda.

Quando é chegada a hora, eles também realizam a eutanásia e se encarregam do enterro ou da cremação dos animais.

Chamado “Lap of Love” (“Colo de Amor”), esse é o primeiro grupo organizado do tipo nos Estados Unidos, de acordo com a diretora da Associação Internacional para Cuidados Paliativos de Animais, Colleen Ellis.

O grupo ajuda nas últimas horas de vida e nas primeiras horas após a morte de animais, que vão de cães e gatos até hamsters e porcos.

A associação conta com 68 veterinários parceiros em quase 20 estados americanos encarregados de ajudar os donos dos animais nesse momento difícil. Eles só aceitam animais em fase terminal e são normalmente recomendados pelo veterinário regular do animal.

“Cuidados paliativos para animais são parecidos com os que são oferecidos para humanos. O objetivo é o conforto. Não estamos tentando curar, apenas cuidar dos sintomas para que eles fiquem o mais confortável possível”, diz Dani McVety.

Ela conta que começou o negócio em 2010. Seis meses depois, estava crescendo tão rápido que ela buscou a ajuda de Mary Gardner, com quem havia estudado veterinária. 
Elas decidiram se unir e logo estavam recebendo ligações de veterinários de todo o país querendo participar.

Cada parceiro fica em contato com a comunidade veterinária, compartilhando ideias, analisando casos e dando conselhos, segundo Dani. 
Segundo ela, enquanto um veterinário comum pode eutanasiar em média dois animais por semana, ela realiza de 20 a 30 eutanásias no mesmo período.

O custo do serviço varia de acordo com a região, de US$ 200 a US$ 400 para os cuidados paliativos e o mesmo valor para eutanásia em domicílio. 
Há custo extra para serviços noturnos e nos finais de semana. 
Animais mais pesados, agressivos ou exóticos também podem ter uma taxa adicional.

Os veterinários podem providenciar cremação privada ou comunitária, e muitas empresas de seguro de animais cobrem os custos da eutanásia.

Um dos clientes da associação é Mike Kelley, cujo gato Andy desenvolveu uma doença incurável no fígado.

Enquanto acariciava seu animal pela última vez, contou para a veterinária Mary que o gato comia iogurte todas as manhãs e o esperava na porta todas as noites.

Para ele, que planeja espalhar as cinzas de Andy na praia, os serviços de Mary fizeram uma grande diferença.

“Ela estava lá para mim e foi muito legal com o gato. Ele estava confortável, não estava estressado. Tudo aconteceu de maneira suave”, ele disse.

Fonte: G1

Comentários